jeudi 4 juin 2009

Nem

Antônia morreu.

Se não morreu, partiu para o lugar onde vão parar canetas e guarda-chuvas.
Antônia, aquela dor de doer-só que batizei, se foi de manhã. Durou um ano e seis meses.
Chamei seu nome, não apareceu. Não deixou bilhete.

Ficaram as heranças de Antônia: Ana Carolina, barthes, jobim.
Ficaram o olho aberto,
a cautela, o preparo, a desconfiança
o saber-lidar, o saber-prever,
a pequena indiferença
o good-to-go.

O chá que eu fiz se foi com ela,
o maracujá,
a insônia.
A porta, que ficou aberta, convidou o sol.

Dinheiro, não deixou nenhum.
Nem saudade? Nem!

Aucun commentaire: